Emprego

Comissão do Senado rejeita reforma trabalhista mas faltam votações

Comissão do Senado rejeita reforma trabalhista mas faltam votações Comissão do Senado rejeita reforma trabalhista mas faltam votações Comissão do Senado rejeita reforma trabalhista mas faltam votações Comissão do Senado rejeita reforma trabalhista mas faltam votações
Comissão de Assuntos Sociais rejeita relatório da Reforma Trabalhista – Marcos Oliveira/ Agência Senado
Comissão de Assuntos Sociais rejeita relatório da Reforma Trabalhista – Marcos Oliveira/ Agência Senado

Em uma reunião tensa, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado rejeitou, por 10 votos a 9, o texto principal da reforma trabalhista. O resultado foi aplaudido e comemorado por senadores de oposição, que dominaram o debate na reunião de hoje (20).

Com a rejeição do relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), o voto em separado apresentado pelo senador Paulo Paim (PT-RS) foi aprovado por unanimidade e segue agora para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde o relator é o senador Romero Jucá (PMDB-RR).

Paulo Paim (PT-RS) criticou a terceirização e disse que os governos petistas geraram 20 milhões de empregos “com esta legislação” vigente. Afirmou que tiveram que “engolir” a terceirização e que ela não gerou nenhum emprego a mais.

“A reforma trabalhista é um ‘cavalo de Troia’, que por dentro tem uma ‘bomba’ que vai “explodir com a vida” dos trabalhadores brasileiros”, diz o senador. Ele fez ainda um apelo para que o Senado altere a proposta e não seja apenas “carimbador” do texto da Câmara.

Ele diz não confiar que o Planalto vetará os itens sugeridos pelo relator, Ricardo Ferraço (PSDB-ES). 

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que o presidente Michel Temer está usando a Presidência como “instrumento de blindagem” para evitar que ele se torne réu.

O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), relator da reforma, diz que o aperfeiçoamento na legislação trabalhista é por lei ordinária e não afasta o que está protegido pela Constituição Federal. Os direitos fundamentais previstos são invioláveis, segundo o relator. 

“Pela hierarquia das leis, legislação ordinária não afasta e não viola o previsto na Constituição Federal”, diz Ferraço. 

Outro governista,o senador Romero Jucá (PMDB-RR) foi o último a se pronunciar antes do intervalo. Jucá criticou oposição. “Objetivo deles aqui não é aprovar a reforma, aumentar os empregos. É derrubar o governo”, diz. Ele falou sobre o trâmite da matéria: “Amanhã estará na CCJ e semana que vem será votada e entregue ao presidente Eunício. Nós vamos seguir em frente com esta reforma”, completou.