Economia

Guedes admite fundo para diesel em caso de prolongação da guerra

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Guedes admite fundo para diesel em caso de prolongação da guerra
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu nesta quinta-feira (10) que sua equipe estuda um fundo para o diesel, caso a guerra entre Rússia e Ucrânia se prolongue. A declaração foi dada em coletiva de imprensa, realizada no fim da tarde, na porta do Ministério da Economia.

Ao lado do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, Guedes afirmou que os projetos aprovados pelo Senado para os combustíveis devem sustentar os preços caso a guerra termine em até dois meses. Após esse prazo, a volatilidade do barril de petróleo no mercado internacional poderá pressionar os preços, o que obrigaria a criação do fundo.

“Se isso [a guerra] se resolve em 30 ou 60 dias, a crise estaria mais ou menos endereçada. Agora, vai que isso se precipita e vira uma escalada? Aí sim, você começa a pensar em subsídio para o diesel”, afirmou.

“Nós vamos nos mover de acordo com a situação”, disse Guedes.

Nesta quinta, a Petrobras anunciou um novo reajuste no preço dos combustíveis provocado pelo barril do petróleo, que atingiu US$ 130 o barril nesta semana. A gasolina deverá ter reajuste de 18% e o diesel de 24,9% a partir desta sexta-feira (11).

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Para tentar segurar a escalada de preços, o Senado aprovou dois projetos que alteram a tributação de ICMS dos combustíveis e cria um fundo de estabilização para evitar fortes aumentos nas bombas. Um dos projetos ainda disponibiliza um auxílio-gasolina, que deverá custar R$ 3 bilhões aos cofres públicos. Os textos ainda devem passar por análise na Câmara dos Deputados.

Em coletiva, Guedes reafirmou que as medidas poderão derrubar o valor dos combustíveis em até R$ 0,60 nas refinarias.

Política de preços da Petrobras

Ao serem questionados sobre possível mudança na política de preços da Petrobras, Guedes e Albuquerque negaram e reafirmaram a manutenção da Política de Paridade Internacional para os combustíveis. O ministro de Minas e Energia lembrou que a medida é uma lei e não vontade do governo.

Entretanto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) mira uma mudança para conseguir aumentar sua popularidade em ano eleitoral. Bolsonaro chegou a convocar uma reunião entre Guedes, Albuquerque e o presidente da estatal, Joaquim Silva e Luna, mas os termos da conversa não foram divulgados.