Economia

Número de servidores federais deve atingir 655 mil em 2050, diz estudo

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Número de servidores federais deve atingir 655 mil em 2050, diz estudo


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A demanda por  servidores federais vai crescer 17% até 2050, quando serão necessários até 655 mil concursados em atuação, bem acima dos 560 mil na ativa hoje. Com a automação de processos no Executivo federal, no entanto, o número cai para até 435 mil. É o que mostra pesquisa da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), obtida com exclusividade pelo EXTRA.

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O levantamento foi feito a partir de cruzamento de estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com dados de gastos e de número de servidores públicos federais, sobretudo em áreas sensíveis, como saúde e educação, disponíveis no sistema Infogov. Já em 2030, a Enap estima demanda de 601 mil servidores, sem adotar estratégias de automação — 30 mil a mais que se mantiver o cenário atual. Para 2050, a diferença é de 220 mil servidores.

De acordo com o estudo, entre as tarefas que podem ser automatizadas com mais facilidade estão aquelas que demandam menor grau de qualificação, como montar equipamentos de áudio, operar máquinas de fiação e preparar solos e fornos.

“Os dados da pesquisa podem subsidiar os gestores públicos no planejamento estratégico, avaliação de cenários e desenvolvimento de políticas públicas com base em evidências”, afirma o presidente da Enap, Diogo Costa.

Investimento em educação de qualidade

Sem alterações nos cuidados com a educação superior pública, o caminho traçado para as próximas décadas será de redução dos quadros. Se tomar por base apenas o envelhecimento populacional, que levaria à redução do número de jovens, a demanda por professores universitários vai cair 18%.

Em contrapartida, se houver investimento na qualidade do Ensino Superior nos patamares de países desenvolvidos nos próximos anos, como integrantes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) — uma das metas do Plano Nacional de Educação para 2024 — o número de servidores deve aumentar em até 24%. O crescimento dos quadros, portanto, levaria à formação de turmas mais enxutas, que permite maior qualidade de ensino.