Economia

Polícia Federal faz balanço com bens não apreendidos

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Polícia Federal faz balanço com bens não apreendidos


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A Polícia Federal (PF) fez um balanço de 2020 com bens apreendidos resultantes de operações, mas que, de fato, não estão com a União. A reportagem da Coluna Rubens Valente, do UOL, revelou que o valor de R$ 3,3 bilhões , apesar de constar do somatório no balanço, são apreensões não concretizadas. 

Segundo a reportagem, foram usadas duas estratégias no balanço, que chegam à marca de R$ 10,6 bilhões , que registram valores em bens prometidos em acordos de delação premiada e bens e valores abstratos bloqueados judicialmente. 

A reportagem apurou que a segunda maior apreensão, de acordo com a PF, foi fruto da delação do doleiro Dario Messer, que entregaria R$ 1 bilhão em bens. No entanto, ainda segundo o colunista Rubens Valente, até terça-feira (25), apenas R$ 120 milhões foram devolvidos aos cofres públicos.

Outra operação que também tem valores vultosos é a “Esquema $” , no Rio, que a PF diz ter apreendido R$ 2,3 bilhões , mas grande parte desta quantia não está com a União, de acordo com a reportagem. O valor foi bloqueado pelo juiz Marcelo Bretas, mas o processo segue parado por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). 

Procurada pela reportagem de Rubens Valente, a PF confirma que o balanço inclui valores alvo de bloqueio judicial. E acrescenta: “Nesse sentido, são considerados os valores dos bens apreendidos em autos de apreensão efetivados durante a deflagração (fase ostensiva da operação), somados aos valores das medidas constritivas, determinadas pelo poder judiciário (sequestro, arresto etc,), no montante do valor estabelecido nas respectivas decisões judiciais”, diz a nota à coluna.