Economia

Senado deve votar projetos para reduzir preço dos combustíveis hoje

Senado deve votar projetos para reduzir preço dos combustíveis hoje Senado deve votar projetos para reduzir preço dos combustíveis hoje Senado deve votar projetos para reduzir preço dos combustíveis hoje Senado deve votar projetos para reduzir preço dos combustíveis hoje
Senado deve votar projetos para reduzir preço dos combustíveis hoje


source

O senador Jean Paul Prates (PT-RN) é relator de dois projetos que buscam reduzir os preços dos combustíveis e podem ser votados pelos parlamentares nesta quarta-feira.

Um dos projetos modifica a tributação do ICMS, imposto estadual, sobre o diesel, biodiesel e gasolina, além de ampliar o alcance do Auxílio Gás. Essa proposta traz um novo texto em relação ao que já havia sido aprovado na Câmara dos Deputados.

Já a outra proposta cria uma conta para estabilização dos preços do petróleo e derivados, além de promover mudanças na política interna de preços.

Os dois textos estão na pauta da sessão do Senado desta quarta-feira, e o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), estabeleceu que o prazo para apresentação das emendas vai até as 14h, duas horas antes do horário marcado para o início da sessão.

Veja a seguir o que está em jogo nas propostas

Mudança no ICMS

O parlamentar apresentou um novo texto para o projeto que modifica a cobrança de ICMS sobre combustíveis, e que havia sido aprovado na Câmara em outubro de 2021, com a determinação de alíquotas específica para cada tipo de combustível que seriam fixadas anualmente.

Cobrança única

O tributo que incide sobre a gasolina, o diesel e biodiesel será cobrado de uma vez só, sem efeito cascata.

O mecanismo, que é semelhante à substituição tributária, não teria de ser obrigatoriamente adotado pelos estados.

A implantação desse modelo, cujo nome técnico é monofasia, depende de regulamentação do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz).

Autonomia dos estados As alíquotas para o tributo serão definidas pelos estados e Distrito Federal, eram uniformes em todo país e podem ser diferenciadas por produtos.

Também será possível optar por uma cobrança do ICMS que incide sobre uma unidade de medida fixa (um valor sobre o litro) ou se permanece no modelo atual (porcentual sobre o preço).

As alíquotas poderão ser reduzidas e reajustadas pelos estados no mesmo ano.

Leia Também

Ampliação do Auxílio Gás para o dobro de famílias

O texto prevê que o programa dobre sua capacidade atual de atendimento, alcançando 11 milhões de famílias, o que exigiria o gasto adicional de R$ 1,9 bilhão.

Para bancar esse gasto extra, o senador indicou como fonte para as novas despesas com o vale-gás parte do dinheiro arrecadado com os bônus de assinatura dos campos de Sépia e Atapu, parte do Pré-Sal na Bacia de Santos.

Nova política de preços e programa de estabilização

O outro projeto, também relatado por Prates, é de autoria do senador Rogério Carvalho (PT-SE), e prevê novas diretrizes para a fixação dos preços do diesel, gasolina e gás no mercado interno, além de criar uma conta para estabilização dos preços dos combustíveis.

Mercado interno

O texto diz que a política de preços para o mercado interno, tanto do petróleo produzido no país quanto importado, precisa proteger os interesses do consumidor, reduzir a vulnerabilidade externa, estimular e ampliar a capacidade de refino nacional, modicidade de preços e a redução da volatilidade desses preços.

A sugestão é que os preços internos tenham como referência cotações médias no mercado internacional, custos internos de produção e custos de importação, se for o caso.

O governo pode regulamentar a utilização de bandas móveis de preços, para estabelecer os limites da variação desse valor, definindo a frequência de reajustes e mecanismos de compensação.

Programa para estabilização de preços

Para tentar alguma proteção em relação à volatilidade dos preços do petróleo, é criado um programa de estabilização, a ser regulamentado pelo governo.

A proposta é a criação de uma conta, com saldo que seria acumulado durante o período de baixa dos preços para poder ser usado em momentos de alta do petróleo, para evitar o repasse aos preços.

Prates estima que essa conta demandaria um investimento inicial de R$ 25 bilhões em 2022. Os recursos viriam do imposto de exportação sobre o petróleo bruto, dividendos da Petrobras devidos à União e royalties.

O executivo administraria a conta e também definiria os parâmetros para a redução da volatilidade dos preços.

Imposto de exportação

A proposta institui a cobrança de um imposto de exportação sobre o petróleo bruto, com a fixação das alíquotas, a depender do valor do barril do petróleo no mercado internacional.