
Clínica de estética Natália Beauty, que atende diversas celebridades, foi alvo de operação da Polícia Civil e agentes da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) de São Paulo por suspeita de fabricação de cosméticos e comercialização de medicamentos sem autorização da Anvisa.
O local, que pertence à esteticista Natália Martins e atende famosas como Jade Picon, Virgínia e Bianca Andrade, teria utilizado e comercializado itens de natureza duvidosa, além de adulterar produtos e rótulos.
Segundo a denúncia, a clínica operava como laboratório clandestino, adquirindo produtos de outro laboratório e realizando a troca dos rótulos originais. Além de adulterados, os rótulos não trazem informações da composição, nem quantidade de componentes da fórmula, ou informações de uso e precauções. Os rótulos também não mencionam o registro, nem o nome do farmacêutico responsável.
Em nota à imprensa, a Covisa afirma que os produtores eram vendidos pela clínica Natália Beauty e as adulterações ocorriam em outro imóvel próximo, a apenas 130 metros da clínica.
Os produtos usados e comercializados fora dos padrões da Anvisa são: Hyalu Pump, anestésicos para sobrancelha e boca, que estavam armazenados em geladeira sem temperatura controlada e junto com alimentos.
Estes produtos tinham etiquetas trocadas, adulterando o prazo de validade. Além desses, máscaras faciais com etiquetas trocadas e pijamas sem nota fiscal foram encontrados no local. Em nota ao iG, a Covisa explica a operação:
“A Secretaria Municipal de Saúde, por meio Coordenadoria de Vigilância em Saúde, informa que, nesta terça-feira (10), a Unidade de Vigilância em Saúde (Uvis) Lapa/Pinheiros foi acionada pela Delegacia de Polícia de Proteção ao Consumidor para acompanhar um mandado de busca e apreensão no local, referente à fabricação de cosméticos sem autorização sanitária e venda de medicamentos sem registros da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)”.
No comunicado, é explicado que durante a ação de fiscalização, “as autoridades sanitárias adotaram as medidas administrativas cabíveis, em consonância com a Lei Municipal 13725/2004 — Código Sanitário Municipal, tendo em vista tratar-se de comercialização de produtos de interesse à saúde sem a devida regulamentação e sem registro da Anvisa”.
“Foi instaurado processo administrativo sanitário, que segue os trâmites legais, estando o infrator sujeito às penalidades previstas em Lei”, completa a nota.