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"Tem gente que não aceita preto no lugar de cidadão", diz neto de Chico Buarque

"Tem gente que não aceita preto no lugar de cidadão", diz neto de Chico Buarque


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Chico Brown chega para fazer a foto dessa matéria usando uma blusa do avô Chico Buarque. A roupa havia sido garimpada no armário de figurinos da avó Marieta Severo. Além da camisa, Chiquinho (apelido de família) carrega o nome do “vô Ico”, como o chama desde a infância. Também escolheu o sobrenome artístico de outro homem da família, o pai, Carlinhos Brown. No entanto, o músico sempre foi guiado por um forte coletivo feminino pelo lado da mãe, Helena, segunda filha de Chico e Marieta. Cresceu no meio de irmãs, tias e três primas. Tem na avó Marieta sua maior referência (“é um norte na minha vida”).

No campo profissional, Marisa Monte é sua maior parceira Cinco das 16 canções do novo disco da cantora, “Portas”, ele compôs com ela. Por essas e outras, o artista aprendeu que ser um homem feminino não fere o seu lado masculino. É se deixando afetar pela sensibilidade o artista conduz sua vida e seu trabalho. Inclusive, entra no estúdio esse mês para gravar disco de estreia.

“Vejo amigos se fechando à própria sensibilidade e feminilidade. Não vou combater o que sinto para parecer mais masculino ou maduro”, diz. Minha família têm mulheres fortes nas batalhas internas e conselhos. Isso nutre minha criatividade e escuta.

Chiquinho nasceu no Rio, mas foi morar em Salvador com um ano de idade. Quando vinha ao Rio, pedia que “vô Ico” o levasse aos jogos do Flamengo no Maracanã. Também foi em solo carioca que Chiquinho aprendeu, sozinho, a tocar piano no instrumento da avó — detalhe: escolhido por Tom Jobim.

Fonte: IG GENTE