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Em discurso na última sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro criticou o projeto de lei 399, que visa aumentar a acessibilidade aos medicamentos à base de Cannabis, autorizando o plantio regulado.

Durante um vídeo publicado por um canal simpatizante do presidente, ele apontou: "Engraçado, né? Se falar cloroquina é crime, falar em maconha é legal. Jesus também não pode falar, não pode falar em Jesus também não", disse. 

O presidente também chamou a proposta, que já tramita há mais de seis anos na Câmara, e é de autoria do deputado Fábio Mitidieri (PSD-CE), de "porcaria" e que o debate sobre ele é "ridículo".


Pela proposta, o plantio será feito por empresas farmacêuticas e de pesquisa e o comércio só poderá ocorrer se existir comprovação de sua eficácia terapêutica atestada em laudo médico para todos os casos de indicação de seu uso, e apenas com autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

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"Hoje, uma comissão na Câmara vota a liberação da maconha. Mas tem o veto depois, é difícil. Eles agora podem até aprovar, mas tem o veto. É ridículo até, um país com tantos problemas, o cara dando força para votar uma porcaria de projeto desses", afirmou o presidente aos seus seguidores.

Bolsonaro fez a comparação com a cloroquina por ser apoiador do medicamento contra a Covid-19, mesmo o remédio não tendo eficácia comprovada para a doença. O assunto, inclusive, é um dos principais da CPI da Covid.

Recentemente, em suas redes, o presidente apontou que existem diferentes grupos de médicos. Alguns receitam a cloroquina, que seria o primeiro grupo, outros ivermectina, o segundo grupo, de acordo com o presidente.

"Portanto, você é livre para escolher, com o seu médico, qual a melhor maneira de se tratar. Escolha e, por favor, não encha o saco de quem optou por uma linha diferente da sua, tá ok?", afirmou.