25/11/2021 as 13:09h por: Redação do Giro Marília
O médico especialista em Saúde da Família, Thiago Lucas Correa dos Santos Gomes, disse no encontro que o uso da cannabis em casos de dores crônicas foi “fantástico, algo que abriu meus olhos para uma atuação que durante minha formação médica não havia acontecido”.
O coordenador jurídico da Maria Flor, Felipe Nechar, disse que a audiência pública foi uma oportunidade para debater pontos relevantes sobre o uso do medicamento.
“Por um lado, temos a maconha relacionada ao tráfico e repressão na sociedade e, de outro, a cannabis, que está relacionada à saúde. O acesso ao medicamento é sempre marcado por uma história de luta e sofrimento, mas os resultados têm sido positivos em tratamentos de doenças como câncer e fibromialgia.”
A vice-presidente da Maria Flor, Fernanda Peixoto, contou um pouco da história e dos avanços com a formação da associação. “A associação foi fundada na cidade em 2018 por uma diretoria composta por quatro mulheres que lutam pela vida do próximo. Já contamos com 25 colaboradores e 2,5 mil pacientes associados.”
Fernanda protagonizou um os momentos mais difíceis do trabalho: durante uma viagem com o marido para atendimento a um paciente foi detida e ficou presa por dois anos acusada de tráfico.
“Passados alguns anos, a legislação deu uma pequena avançada no país e agradeço à Câmara de Marília pelo espaço para expormos nossa pauta. A ciência já provou os benefícios da cannabis.”
Um dos casos de maior sucesso é o do menino Matheus, que registrava até 80 convulsões por dia antes de usar a cannabis medicinal e superou o problema com o medicamento.