
Laudo produzido pelo perito Paulo Cesar Lapa a pedido da Justiça em Marília listou problemas críticos e prioridade para desocupação em 19 dos 44 blocos do condomínio Paulo Lúcio Nogueira, conhecido como CDHU, na zona sul de Marília.
O relatório é resultado de uma nova vistoria feita no dia 16 de abril. O perito diz que em função dos muitos problemas em toda a estrutura física, “todos os blocos sejam prioritários em suas desocupações”.
Laudo cita infiltrações e sinais aparentes ‘críticos’ em 19 blocos
Mas o perito informa que tratando especificamente dos prédios e apartamentos, há 19 blocos com “manifestações patológicas aparentes mais críticas e que podem ser colocados como prioridades nas desocupações”.
Engenheiro, o perito também informa que as vistorias foram feitas a olho nu, com verificação de manifestações aparentes. “Contudo, os vícios ocultos podem ser de igual ou maior proporção que as patologias citadas no corpo deste laudo.”
O relatório é o terceiro produzido pelo especializada, que nos dois primeiros já havia alertado para problemas estruturais que ameaçam os prédios e situações pontuais, como ligações de energia e uso de gás em condições de risco. O caso tem ainda um lado produzido com apoio do centro do Ministério Público.
Relatório indentifica sinais de riscos em toda a área externa do condomínio
O resultado é a formação de diversos pontos com deformações e rompimentos dos pisos externos e infiltrações generalizadas de água de chuva, quer seja pelos rompimentos e entupimentos existentes nas extensões.
Documento aponta relação de prioridades para desocupação em prédios com riscos
O plano de desocupação dos prédios foi iniciado na segunda-feira com notificação para as famílias dos blocos A1 e A3 – ambos na lista de prioridades –.
Os moradores são chamados para uma reunião, assinam termos de adesão ao plano e indicam conta para pagamento de dois repasses: R$ 600 de ajuda no deslocamento e R$ 600 para aluguel social.
Até às 14h desta terça-feira a prefeitura não havia informado quantas famílias aderiram ao programa no primeiro dia. Unidades sem adesão podem ser encaminhadas para medidas judiciais.