A DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Marília enviou para a perícia do Instituto de Criminalística da cidade o celular do funileiro Daniel Luís da Silva Carvalho, 29 anos, morto no sábado por um sargento da Polícia Militar em uma oficina da cidade e deve marcar novo depoimento do policial.

O celular foi apresentado pela família do funileiro que esteve na Delegacia para apresentar a versão de que ele foi vítima de uma armação que resultou em sua morte com três tiros.

Daniel foi morto após uma discussão com o dono da oficinal, Vivaldo dos Santos, 50 anos. Segundo a versão do policial, o funileiro atacou Vivaldo com uma faca e os disparos foram intervenção para conter a agressão.

O delegado Luís Marcelo Perpétuo Sampaio disse que a esposa do funileiro confirmou na delegacia a versão de que o marido recebeu um telefonema do policial pouco antes do crime.

Disse também que Daniel havia recebido ameaças de que policiais iriam ajudar na solução de um impasse sobre o documento de um veículo, que seria o motivo da briga.

O sargento disso em seu depoimento que estava na oficina para acompanhar o irmão, acompanhou a discussão por acaso e interveio. Ele foi liberado no dia do crime e o caso registrado como legítima defesa.

“Ele prestará novo depoimento quando necessário. Vamos solicitar também todas as ligações recebidas e efetuadas para comprovar a veracidade da alegação do policial militar. Se alguém faltar com a verdade em suas versões será responsabilizado dentro da esfera de sua culpabilidade”, afirmou Sampaio.

A polícia também pretende ouvir o mecânico atingido pelas facadas, que foi socorrido ao Hospital das Clínicas. A polícia ainda procura mais testemunhas e provas de perícia no local. O delegado disse que o caso é “gravíssimo” e deve ser “totalmente esclarecido”.



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