24/09/2020 as 19:20h por: Saúde
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avalia nesta semana as proposta de ensaios clínicos da fase 3 da Sputnik V, a vacina russa na Rússia contra a Covid-19. No Brasil, os governos do Paraná e da Bahia já firmaram um acordo com o governo russo.
A expectativa é que os testes envolvam 10 mil voluntários que receberão duas doses do medicamento com intervalo de 21 dias entre as aplicações. O grupo que será vacinado deve envolver profissionais da saúde de hospitais universitários e pessoas que integrem grupos de risco, a exemplo de diabéticos e hipertensos.
De acordo com a reportagem da Veja, o governo do Paraná, envolvido em toda a negociação dos estudos brasileiros do fármaco, afirmou que ocorrem reuniões de alinhamento sobre o protocolo oficial, com previsão de entrega para a próxima semana.
"Os dois testes de 42 dias, que contaram com a participação de 38 adultos saudáveis em cada um, não encontraram nenhum efeito adverso grave e confirmaram que a candidata a vacina gerou reposta de anticorpos. Testes mais amplos e de longo prazo, incluindo uma comparação com placebo, são necessários para estabelecer a segurança na prevenção da infecção pela Covid-19 ", aponta a conclusão do estudo na The Lancet, divulgado pela agência Reuters.
Ainda de acordo com a publicação, os resultados dos testes, que foram conduzidos entre os meses de junho e julho com 76 participantes, apontaram para uma eficácia de 100% da vacina na produção de anticorpos contra o novo coronavírus (Sars-Cov-2).
Vale lembrar que a Sputnik V foi a primeira candidata a vacina contra a Covid-19 registrada em todo o planeta, o que fez a comunidade internacional criticar a decisão acelerada da Rússia.