'Menosprezo à mulher' e motivo torpe, veja acusações no feminicídio de Vera Cruz

'Menosprezo à mulher' e motivo torpe, veja acusações no feminicídio de Vera Cruz

Marília - A denúncia do promotor Rafael Abujamra em caso de feminicídio de Vera Cruz inclui acusações de ‘menosprezo’ à condição da mulher’, motivo torpe e mais situações que agravam o crime.

Assim, o Ministério Público espera pena máxima ao acusado, o vendedor Rodrigo Henrique de Souza, 39, ex-marido da vítima, Lucimara Nunes.

A acusação aponta emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima, bem como meio cruel em série de golpes com uma faca. Além disso, envolve descumprimento de medida de proteção que a Justiça expediu.

Em resposta ao Giro Marília, a assessoria do MP informou ainda que, além do feminicídio, segue em apuração caso anterior de violência contra a vítima

Envolve vias de fato e perseguição que o réu fez contra a vítima dias antes do homicídio e que, inclusive, provocou ordem de distanciamento. Ao desobedecer a ordem ele já cometeu infração com risco de prisão.

'Menosprezo à mulher' e motivo torpe, veja acusações no feminicídio de Vera Cruz
‘Menosprezo à mulher’ e motivo torpe, veja acusações no feminicídio de Vera Cruz

“O MPSP perseguirá, com toda a força, a condenação do acusado na pena mais elevada possível, pois ele já tinha condenação por violência doméstica anterior”, diz, Ou seja, aponta o vendedor como reincidente e, inclusive, no gozo de sursis quando do crime. 

O caso tramita na 3ª Vara Criminal e depende, ainda, de a Justiça pronunciar o réu ao Júri Popular. Antes disso, há diversas etapas de contraditório e chances de recursos.

Rafael Abujamra responde, principalmente, pelos casos que envolvem Júri Popular. Assim, atua em outros processos de repercussão, como morte no rodeio da cidade ano passado.

Rodrigo matou Lucimara em casa, onde estavam a irmã e um sobrinho da vítima. Chegou de surpresa, invadiu e perseguiu a mulher até um quarto.

A Justiça aguarda, inclusive, peças da Polícia Civil, como novas imagens do local. Há vídeos com áudios que revelam desespero e as reações contra invasão e ataque.

Rodrigo está no Centro de Detenção Provisória desde a noite do crime