Tiros em Promissão

Um ano depois, MP estuda indenização coletiva por morte de Katrina

Ministério Público pode usar dados de caso criminal para cobrar indenização de interesse coletivo na morte

MP estuda indenização coletiva por morte de Katrina
Vídeo mostra delegado no local dos disparos, próximo ao grupo onde estava Katrina

Marília e São Paulo - A Promotoria de Justiça em Promissão estuda cobrar indenização coletiva do delegado Vinícius Martinez pela morte da menina Katrina Bormio Silva Martins, 16.

Envolve caso de repercussão nacional e comoção em várias cidades que completa um ano nesta segunda-feira.

O MP (Ministério Público) anunciou a intenção de cobrança na petição em que pediu a pronúncia do delegado ao Júri Popular.

O juiz Renan De Assis Gomes Santos, da 2ª Vara de Promissão enviou o caso ao Júri – há recursos que adiam a medida -.

MP estuda indenização coletiva por morte de Katrina
Imagens mostram o delegado no local e, inclusive, o grupo de pessoas no campo de visão

Além disso, autorizou o compartilhamento de informações do processo para abastecer o pedido de indenização.

O promotor Ely Manoel Bernal cita no pedido de compartilhamento a jurisprudência sobre indenização.

Mostra, inclusive, um caso de Ribeirão Preto com previsão de 500 salários-mínimos por maus-tratos a adolescentes em instituição.

Os recursos em forma de interesse difuso iriam para o Fundo do Conselho Municipal de Defesa de Crianças e Adolescentes.

A indenização coletiva pode não ser a única cobrança contra o delegado, que vivia em Marília na época, pela morte te Katrina. A família da menina é potencialmente vítima de danos.

Katrina morreu quando esperava o pai na saída da Festa do Peão de Promissão. Estava em um grupo de pessoas quando houve confusão com um homem que tentava ingressar no recinto.

Policiais militares atendiam o caso, mas o delegado ‘pulou na frente’ dos PMs e fez quatro disparos e o último matou Katrina. A poucos metros da menina, o delegado não foi ver a vítima.