Famosos

"Estaria quebrado sem direitos autorais", diz Marcelo do Tchakabum

“Estaria quebrado sem direitos autorais”, diz Marcelo do Tchakabum “Estaria quebrado sem direitos autorais”, diz Marcelo do Tchakabum “Estaria quebrado sem direitos autorais”, diz Marcelo do Tchakabum “Estaria quebrado sem direitos autorais”, diz Marcelo do Tchakabum
"Estaria quebrado sem direitos autorais", diz Marcelo do Tchakabum


source

Os irmãos Marcelo e Nem Menezes, do Tchakabum, estouraram em todo o Brasil com a música “Onda Onda”, em 2001. Passados mais de 20 anos desde a estreia, a faixa ainda faz sucesso onde toca, seja no Carnaval ou em uma festa infantil. Em entrevista ao iG Gente, Marcelo conta sonhar em emplacar um novo hit na mesma proporção e explica que os esforços dele estão voltados para que isso aconteça na nova fase em que a banda se encontra, após um hiato devido à pandemia do coronavírus.

O cantor revela que, assim como boa parte do setor cultural, precisou paralisar todas as atividades com a banda. Ele lembra que em 2019 o Tchakabum estava vivendo uma das melhores fases dos últimos anos, com shows fechados, participação em programas de TV e um engajamento cada vez maior nas redes sociais. Porém, precisaram suspender os trabalhos e o dinheiro parou de cair na conta de uma hora para a outra.

“O que me sustentou foram os direitos autorais. Eu escrevi as músicas e se não tivesse direitos autorais estaria quebrado”, conta Marcelo. A banda retomou os trabalhos no segundo semestre de 2021, mas o artista fala que demorou cerca de cinco meses para que ele voltasse a se acostumar com os shows e com a vida que levou por mais de duas décadas.

De volta aos palcos e aos estúdios de gravação, Marcelo está empenhado em conquistar um público mais jovem. No final de fevereiro, o Tchakabum lançou “Cavalona” em parceria com a cantora Gabily. No single, a banda se afastou do característico pagodão baiano e se aventurou em um novo ritmo, algo que faz parte da estratégia para chegar a novos ouvintes.

“A gente busca o engajamento com essa galera nova. O grande barato do Tchakabum é que o engajamento com as músicas antigas já existem. ‘Onda Onda’ vai tocar em festa de criança, na igreja, no churrasco, em tudo quanto é buraco. É uma música atemporal. Agora, nós temos que fazer um engajamento com as músicas que são modernas e acertar a mão”, explica.

Marcelo conta que a banda vai buscar usar elementos de estilos musicais como o trap, o funk e a eletrônica, ritmos que fazem sucesso atualmente. “Não tem como correr desse momento e, se correr, não funciona”, opina.

Apesar de ter acabado de lançar uma parceria, não há nenhuma previsão para o Tchakabum divulgar uma nova colaboração nos próximos tempos. O objetivo é a banda voltar a crescer primeiro para depois buscar projetos com outros artistas. Quando isso acontecer, Anitta é uma das cantoras que está na lista de futuras parcerias. “Anitta é mais para frente. Ela é uma grande parceira da gente, gosta muito de Tchakabum, sempre fala comigo e faz convites”, diz o cantor.

Leia Também

Leia Também

Competição

No ramo musical desde o final dos anos 1990, Marcelo diz que a competição nessa área está maior que nunca. Ele analisa que conseguir emplacar um hit como “Onda Onda” está cada vez mais difícil. “Acertei uma música na sorte, pegou e virou. Isso é uma coisa que hoje em dia não funciona muito mais, não. A sorte hoje é comprada, não tem jeito”, diz.

Mesmo com o cenário acirrado, ele não esconde o sonho de ter um novo single no topo das paradas, na boca no povo e nas dancinhas do TikTok. O cantor diz que tem a receita para fazer uma música de sucesso, pois os hits que lançou no começo dos anos 2000 ainda são ouvidos e acredita que o erro da carreira dele foi ter parado de repetir essa fórmula.

“A receita de fazer o som eu tenho e eu errei de não continuar fazendo as mesmas receitas. Na época que eu fazia uma atrás da outra, tinha noção do que ia acontecer. Esse é o know how que eu tenho de criar hits. Se eu tenho isso, posso recolocar ele no mercado”, comenta.

Novo projeto

Além do trabalho com o Tchakabum, Marcelo também está dedicado a outro projeto relacionado com a música. Ele está construindo uma “casa-laboratório” em Vargem Grande, zona oeste do Rio de Janeiro. O local será divido entre o espaço residencial, onde ele vai morar com a família, e uma área dedicada para a música, com dois estúdios, palco, piscina e um espaço gourmet para o lazer.

A ideia do cantor é usar o empreendimento para diferentes propósitos. Ele quer receber diferentes artistas para criar músicas, gravar videoclipes e fazer colaborações. Além disso, os estúdios servirão para ensaios, é onde funcionará uma gravadora e ele também vai gravar um podcast de lá. “Sempre quis ter um estúdio e já tive dois. Tive um dentro de casa pequenininho e outro que tomei um prejuízo danado. A documentação não era verdadeira, me dei mal e quebrei”, conta.

“Meu sonho é que meu empreendimento dê certo porque ele dando certo eu só vou fazer música. Sou uma máquina de fazer música e eu só fazendo música vou ter muito mais ligação com um próximo “Onda Onda”, porque vou estar totalmente engajado dentro do som”, finaliza Marcelo.

Fonte: IG GENTE