Medidas cautelares

STF faz 4 a 1 e confirma ordem para Bolsonaro usar tornozeleira

Votação no STF termina com divergência apenas em voto do ministro Luiz Fux

STF faz 4 a 1 e confirma ordem para Bolsonaro usar tornozeleira
STF faz 4 a 1 e confirma ordem para Bolsonaro usar tornozeleira

Por maioria de 4 a 1, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter as medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes ao ex-presidente Jair Bolsonaro, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica. Último a votar, o ministro Luiz Fux foi o único a discordar.

Para Fux, a Polícia Federal (PF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) não apontaram “provas novas e concretas nos autos de qualquer tentativa de fuga”. Por esse motivo, impor medidas restritivas a Bolsonaro seria uma atitude desproporcional, votou o ministro. 

O voto de Fux entrou no sistema menos de uma hora antes do fim da sessão virtual extraordinária da Primeira Turma, que começou às 12h de sexta-feira (19) e terminou às 23h59 de segunda-feira (21). 

Em outro trecho, Fux reconhece pressões que tentam intimidar o Supremo, mas afirmou que o STF tem conseguido demonstrar de “forma inequívoca a sua independência”.

Maioria

Os demais quatro ministros do colegiado – além do próprio Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia – votaram por manter as cautelares. Apontam, principalmente, diante do risco de fuga de Bolsonaro e para que ele interrompa o que seria uma tentativa de intimidar o STF.

Além da tornozeleira, as medidas incluem o recolhimento noturno e nos fins de semana e a proibição de se comunicar com o filho Eduardo Bolsonaro, bem como de se manifestar nas redes sociais. 

Confira as medidas determinadas contra Bolsonaro

Uso de tornozeleira eletrônica;

Recolhimento domiciliar noturno entre 19h e 6h, de segunda a sexta-feira, bem como recolhimento e integral nos fins de semana e feriados;

  • Veta aproximação e de acesso a embaixadas e consulados de países estrangeiros;
  • Proíbe contato com embaixadores ou autoridades estrangeiras;
  • Proibição de uso de redes sociais, diretamente ou por intermédio de terceiros;
  • Impedimento de manter contato com Eduardo Bolsonaro e, além disso, com investigados dos quatro núcleos da trama golpista.