Marília - Sessão da Câmara de Marília aprova projeto de lei com 5% de reajuste para salários de funcionários da Fumes (Fundação Municipal de Ensino Superior) em meio a protesto de servidores por perdas.
O reajuste acompanha índices municipais e orçamento estadual que cobre os gastos da Fundação. Embora seja municipal, a Fumes tem sua atuação na base do Governo do Estado desde a estadualização do complexo Famema.
O imbróglio administrativo do caso inclui vários entraves. O Complexo Famema virou emaranhado de gestão com duas autarquias e duas fundações. Uma privada e uma presa ao município, embora sem intervenção da prefeitura.
A Associação dos Funcionários acompanhou a votação e pediu mobilização de trabalhadores da Fumes para combater perdas salariais e desigualdades
Segundo o presidente da entidade, José de Arimatéa Costa Guedes, há desvalorização dos salários e diferentes faixas de renda.
Problemas que aguardam há anos medidas como implantação do plano de cargos e carreiras e concurso. O governo do Estado não faz e cada gota de avanço vira jogo político desde 1994.
“Os trabalhadores desta instituição vêm sofrendo há anos com a falta de uma política econômica de recomposição salarial”, diz Artimatéa.
A Fumes é responsável pela contratação de funcionários que atuam no complexo em serviços de educação na Famema, Saúde no HC Famema e gestão das entidades.
Ari, como ficou conhecido, é motorista na instituição há 30 anos. “Quando cheguei tínhamos o melhor salário da cidade de Marília.”
A sessão teve apenas um discurso, do vereador Delegado Damasceno, com críticas às distorções de salários.