
Ação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro nesta sexta-feira incluiu condução até Administração Penitenciária para colocar tornozeleira e apreensão de 14 mil dólares.
A medida acompanha ordem do STF (Supremo Tribunal Federal) e buscas que atingiram endereços de Bolsonaro em Brasília, bem como no Rio de Janeiro. Na saída, Bolsonaro disse que é alvo de ‘suprema humilhação’, negou qualquer plano de fuga e disse que os dólares têm registro.
Além da tornozeleira, as medidas contra Bolsonaro incluem vedação ao uso de redes sociais e recolhimento noturno das 19h às 6h. Há, inclusive, proibição de contato com embaixadores ou diplomatas de outros países.
Defesa
Em nota, a defesa do ex-presidente afirmou ter recebido “com surpresa e indignação” a aplicação medidas cautelares.
“A defesa do ex-Presidente Jair Bolsonaro recebeu com surpresa e indignação a imposição de medidas cautelares severas contra ele, que até o presente momento sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário. A defesa irá se manifestar oportunamente, após conhecer a decisão judicial”.
Em post publicado nas redes sociais o líder do Partido Liberal (PL) na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante, lamentou a decisão da Justiça.
O PL também divulgou nota e manifestou “estranheza e repúdio” diante da operação da PF. Segundo a nota do presidente do partido, Valdemar Costa Neto, Jair Bolsonaro “sempre esteve à disposição das autoridades”.
A deflagração da operação foi informada em uma nota curta pela PF, divulgada nesta sexta-feira (18).
Denúncia e pedido de condenação
Bolsonaro é réu em uma série de investigações e denúncia de trama golpista que culminou nos atos criminosos cometidos no 8 de janeiro de 2023. Responde por organização de atos para impedir posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, além disso, plano de atentados à vida de Lula e do ministro Alexandre Moraes.
O ex-presidente teria, inclusive, participado da redação do documento conhecido como “minuta do golpe”, que previa a decretação de estado de sítio.